Bem , essa música possui uma magia muito grande...
Me parece que Steve queria mostrar o quanto a guitarra poderia caminhar por baixas e altas impedâncias com brilho incontestável, e construiu um arranjo destinado à esta hipótese ficar intuível.
Posso dizer que foi pedalando que começei a assoviar a frase principal dessa música e me apaixonei completamente.
Ele apresenta a orquestra e seu tema inicial, entra com sua guitarra atravessando levemente os trastes com pouco som antes de "paletar" ( como fará no final atravessando os trastes loucamente) e apresenta o tema, depois delira seu improviso, com uma orquestra transformando seus fluxos e refluxos em um solo forte e denso sendo completamente sutil. No improviso ele passa a protagonizar o que eu disse sobre as impedâncias, existe uma sensação de impedância amortecida que gera uma idéia de som infinito. Steve é muito bom no que se trata de delírios esfuziantes.
Antes do final, há uma crescente dinâmica que deságua exatamente na simples e mágica melodia temática, onde estão as impedâncias amortecidas perfeitas, essa dinâmica para alcançar o tema é epopéica. Valeu Steve vai, obrigado por minha música favorita. O desfecho íntimo dele no final realmente eu não posso comentar, ali só ele existia, deve ser a travessia de volta pro mundo dos comuns, pra não infartar terminando a música sem respirar um pouco. Igual um atleta faz quando termina uma corrida.